Júpiter: Ocultações e Eclipses dos Satélites Galileanos

Estamos na melhor época de observação de Júpiter e seus satélites galileanos. No início da noite já é possível observar o planeta gigante no horizonte leste, permanecendo a noite toda no céu.

Atualmente entramos numa  ocorrência de fenômenos mútuos dos satélites jupiterianos, que ocorrem de seis em seis anos. Esses fenômenos estão relacionados ao seu equinócio.

Entre julho de 2014 e agosto de 2015 a direção de visada entre a Terra e Júpiter cruza o equador de Júpiter. Isto quer dizer que estamos observando o planeta pelo bordo e as órbitas dos seus satélites principais se cruzam.

Esta configuração geométrica específica permite a observação de ocultações (quando um satélite passa na frente do outro) e eclipses (quando a sombra de um satélite encobre o outro). Esta geometria particular permite aumentarmos a precisão dos dados astrométricos desses satélites sem enviarmos sondas espaciais. Ou, caso enviarmos, aperfeiçoarmos seus dados de navegação.

Uma das maiores dificuldades deste tipo de observação é o forte brilho de Júpiter e para resolver isso utilizamos o filtro Metano, filtro de Infravermelho ou mesmo sem filtros, centrando o foco nos satélites.

De modo geral estas observações são para caracterizar as posições dos satélites, isto é, Júpiter não é importante neste cenário.
O GOA participa dessa cam-panha junto com o Observatório Nacional, entre outros órgãos.

Fontes: www.on.br e www.imcce.fr/phemu