Mais Estrelas para o Brasil

Pesquisadores terão acesso aos melhores telescópios do mundo. Convênio custará quase R$ 1 bi.

A Câmara dos Deputados aprovou em 19 de março a entrada do Brasil na organização Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). O convênio prevê o investimento de 270 milhões de euros (cerca de R$ 945 milhões), até 2021. A proposta valida uma convenção firmada em 2010 entre o governo brasileiro e a Organização Europeia para Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul, que envolve 14 países. 

O acordo permite ao país ter acesso a telescópios e equipamentos científicos de grande porte em diversas localidades do deserto do Atacama, no Chile. Entre eles, o VLT (conjunto de 4 telescópios de 8,2m cada). Se combinados com seus outros 4 telescópio auxiliares, de 1,8m cada, podem funcionar como um telescópio de 200m de diâmetro, no modo intereferométrico. O Brasil já possui 1/3 do tempo de uso do telescópio SOAR, de 4,2m, no Chile e outros equipamentos do ESO e do Gemini.

O Brasil será o único pais não europeu na Organização. Mesmo com a aprovação do projeto pelo Congresso Nacional, o governo poderá renegociar os termos do investimento e segurar a liberação do dinheiro. Conforme o projeto de adesão, 75% dos recursos devem ser revertidos em benefícios de empresas nacionais.